domingo, 21 de novembro de 2010

Coisas que amo e odeio por morar em São Paulo

Amo sair com fome da balada e encontrar um Drive-Thru aberto às 3am.

Odeio comprar impulsivamente um Big Tasty, e me arrepender da escolha antes mesmo de chegar em casa.

Amo a Vila tardes e noites de sábado na Vila Madalena.

Odeio esperar 40 minutos por minhas amigas na frente do Posto 6, sabendo que elas estão há 2h no trânsito da Paulista e, não bastante, nossa mesa não ficará disponível porque o bar está lotado.

Amo estar em ambientes com pessoas bonitas e descoladas.

Odeio quando pessoas bonitas e descoladas ficam bêbadas e sem noção.

Amo as infindáveis opções de restaurantes que encontro na cidade.

Odeio os preços dos melhores pratos.

Amo meu carro.

Odeio a Marginal Pinheiros às 8h e às 18h.

Amo reencontrar uma grande amiga que não via há meses, e descobrir que nada mudou. Ainda temos todas as mesmas afinidades.

Odeio descobrir que, em uma cidade tão moderna, ainda exista pessoas que jogam fora uma linda amizade em troca de interesses pequenos e baratos.

Amo correr e andar de bicicleta.

Odeio estacionar meu carro no Parque do Ibirapuera ou no Villa Lobos nos domingos de manhã ensolarados.

Amo feriados prolongados.

Odeio a Imigrantes na volta de feriados prolongados.

Amo a segurança do condomínio onde moro.

Odeio vizinhos que discutem a relação às 8h de domingo.

Amo ter minha família e amigos sempre por perto.

Odeio não ter uma linda praia a 3 quarteirões da minha casa.

E a lista é grande...

Estas são apenas algumas das importantes considerações que devemos fazer ao decidir ficar ou se livrar de São Paulo. Nada é perfeito. Tudo tem um preço. Não importa em qual lugar do mundo se viva, sempre haverá algo que nos faça a pessoa mais feliz do mundo, e algo pelo qual nós jamais poríamos os pés na cidade novamente. É uma questão de pesos... e adaptação.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Getting to know Mi better

A cada dia uma nova conquista, uma nova descoberta, uma nova surpresa.

E de repente, descubro que gosto de café.

E descubro que não gosto tanto assim de ficar sozinha, como achava que gostava.

E descubro que, com um pouquinho de esforço, sou capaz de controlar meu impulso por compras.

E descubro que gosto de dividir minhas coisas com minhas amigas, e que também gosto de pegar as delas emprestadas.

E descubro que quantidade de beleza do gato da mesa ao lado é diretamente proporcional ao tamanho da minha futura dor de cabeça.

E descubro que tenho TPM.

E descubro que não sonho mais com carreira no mundo corporativo porque, na verdade, meu sonho sempre foi bem maior que isso.

E descubro que tenho depressão no inverno.

E descubro que não vivo sem praia.

E descubro tantas coisas novas sobre mim. E fico surpresa com tantas mudanças e ao mesmo tempo, tantas semelhanças a quem sempre fui. É a conquista de uma nova fase, de mais maturidade e com a vontade cada vez mais iminente de respeitar meu espaço e, principalmente, meus limites.