sexta-feira, 18 de março de 2011

Boas colheitas

De tudo, o que realmente fica é a experiência, o aprendizado o amadurecimento.

Quando estamos diante de um grande problema, o medo nos faz inseguros. Pensamos que estamos num beco em saída, que o mundo vai acabar, que é nosso fim. Pode até ser que seja verdade... Mas, qual é realmente o sentido da vida? Cansei de me questionar isso nos últimos anos. E até agora, só consegui chegar a uma conclusão: não faço a mínima idéia!

O mais intrigante é o fato de que eu posso viver 100 anos, e talvez eu nunca saiba qual é o sentido da minha vida. Algumas pessoas desenvolvem o lado espiritual, e acreditam que estão aqui para uma missão. Outras possuem talentos especiais, e se tornam verdadeiras celebridades. E a grande maioria apenas vive.

Acho que me enquadro no último grupo. Sendo assim, se não tenho poderes sobrenaturais, ou special-skills, só me resta viver. Dia após dia.

Por isso, decidi que se estou aqui, farei o melhor que posso para ser feliz a maior parte do meu tempo. Apesar do trânsito que enfrento todos os dias nesta cidade maluca que é São Paulo, apesar de detestar acordar cedo para ir trabalhar, apesar de não saber como será o dia de amanhã. Posso não saber exatamente o que quero. Mas, definitivamente, sei o que NÃO quero!

Não quero estar cercada de pessoas que não me fazem bem.

Não quero brigar com aqueles que mais amo.

Não quero passar por cima da minha vontade para satisfazer outros.

Quero paz para o meu coração! Quero saúde, quero sorrisos. Quero amor. Impressionante como esta minha nova postura tem trazido as coisas que mais desejo. Por isso que digo e repito: ano da colheita!

quinta-feira, 3 de março de 2011

A nobreza do NÃO

O ano mal começou, e eu já tirei muitas lições de 2011. A primeira delas é que, muitas vezes, nós sentimos um amor tão grande por alguém, que o simples fato de ver esta pessoa feliz, já nos torna muito felizes. Este deve ser o sentimento mais nobre de todos. O amor incondicional.

Mas como tudo na vida, o amor também tem um preço. Quando desejamos agradar alguém, e fazemos nosso melhor para conseguir isso, naturalmente temos que abrir mão de alguma outra coisa. Mesmo que seja para ver nosso pai feliz, ou para ajudar nossa mãe e se reerguer na vida, ou simplesmente para apoiar nossos irmãos e amigos em suas importantes escolhas de vida.

Este é um momento muito delicado porque, normalmente, agimos com o calor da emoção, e não pensamos nas implicações que nossas atitudes mais bonitas podem nos causar. Ao ajudar seu filho mais novo a pagar o cheque especial estourado, você pode abrir mão das suas tão esperadas férias no Caribe. Ou, ao dar entrada no carro que sua jovem esposa sempre sonhou, isto pode lhe custar o curso de MBA.

As pessoas que amamos e que nos cercam são nossos bens mais valiosos, e é um prazer divino poder ajudá-los. Mas nunca podemos esquecer da única pessoa no mundo realmente capaz de trazer nossa própria felicidade: nós mesmos! Por mais rude que parece, algumas vezes nós temos que ser egoístas, e pensar em nós. Não porque as pessoas que amamos não mereçam nossa atenção, preocupação e carinho. E sim porque nós merecemos sentir plena felicidade.

Cada um é responsável por suas próprias escolhas. Se você escolheu trabalhar duro e estudar muito para garantir uma posição estável no mercado de trabalho e um salário razoavelmente bom, não há absolutamente nada de errado em usufruir dos frutos de seu esforço: comprar seu luxuoso carro importado, sair para jantar nos melhores restaurantes, frequentar os mais badalados bares da cidade e viajar sempre que possível, se isto lhe traz satisfação.

Não se sinta culpado por comprar uma roupa cara, enquanto seus familiares mais próximos mal dão conta do aluguel e da prestação do carro. Um dia você esteve no lugar deles! E se um dia eles quiserem estar no seu lugar, a escolha e a luta depende exclusivamente deles, e não de você.

Lembre sempre que, mesmo inconscientemente, o ser humano tem uma incrível capacidade de se acomodar. E quanto mais oprimimos nossos desejos em prol das vontades de outra pessoa, sejam nossos pais ou nossos melhores amigos, mais seremos cobrados por isso e, consequentemente, nos sentiremos sufocados e descontentes.

O intuito de ajudar o próximo deve ser simples e unicamente nossa própria satisfação. Por isso, ajude, sim. Sempre que desejar! Mas nunca passe por cima de si mesmo. Saiba dizer não quando não puder ou não quiser. Saiba respeitar seus limites. Só assim os outros também saberão te respeitar. E com certeza a convivência se tornará melhor, e o amor, muito maior!

Tenham uma ótima noite!

Beijos.