domingo, 30 de junho de 2013

What I have learned

"I've learned that people will forget what you said, people will forget what you did, but people will never forget how you made them feel" - Maya Angelou

terça-feira, 18 de junho de 2013

Somos BRASILEIROS e não desistimos nunca!

Estou morando fora do Brasil e infelizmente não posso participar das manifestações. Mas deixo aqui a minha voz, as minhas palavras de apoio para todos os brasileiros, com ou sem condições de ir às ruas, como forma de agradecer e mostrar o quanto sou patriota e favorável a mudarmos nosso país!

Estou orgulhosa de ver tantos comentários nas redes sociais, na Wikipédia e em jornais do mundo todo. Estou surpresa em ver pessoas de todas as classes sociais, diferentes idades, sexo, raça e cor nas ruas. Muito feliz também de ver outros brasileiros que, assim como eu, estão fora do país mas dentro desta campanha. E me sinto muito honrada por fazer parte dessa nação que finalmente se cansou de tanta corrupção e tanta violência.

Manifestações pacíficas é tudo o que podemos fazer para mostrar ao governo brasileiro que QUEM MANDA NA NOSSA CASA SOMOS NÓS! Nós somos todos irmãos nascidos da mesma pátria, e temos não apenas o direito, mas o dever de escolher sabiamente quem vai nos liderar.

Nós  não precisamos aceitar a miséria que nos é oferecida. Nós devemos exigir mais! Nós temos a obrigação de lutar por melhores condições de vida, por menos impostos, por mais segurança, por educação de qualidade para nós e para nossos filhos. E não há desculpas para abaixarmos a cabeça e permitir que a menor parte da população retenha a maior parte da sua renda, que faça uso desleal do nosso dinheiro e nos deixe em condições precárias de saneamento básico, saúde, infraestrutura, alimentação e todos os outros aspectos primordiais para uma sobrevivência mais decente.

Agora sim chegou a hora de mostrarmos que somos BRASILEIROS e não desistimos nunca! À todos os manifestantes, começamos essa briga e agora temos que ir até o fim.

Que continuem os protestos sem violência, que continuem as manifestações contra o aumento da tarifa do ônibus, aos investimentos supervalorizados para os eventos esportivos, à PEC 37, à corrupção e à violência em nosso país. Sim, o gigante acordou. Vamos mudar o país ou vamos parar o país!

Uma voz só não grita alto o suficiente. Mas todos nós JUNTOS temos o poder de dizer não. Vamos colocar para fora essa força imensa que guardamos ao longo de 513 anos, e garantir uma aposentadoria melhor para nossos pais e avós, um presente mais justo para nós, e que nossos filhos, netos e bisnetos tenham um futuro muito mais promissor.

Hoje, e por quanto tempo for necessário, meu coração está aí no Brasil vibrando em manifestação ao lado de todos vocês.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Terima Kasih, Indonesia (Parte II)

Como acontece nas novelas, ou a simples ideologia de um príncipe chegando em um cavalo branco, a grande maioria das mulheres no mundo inteiro um dia já sonhou em viver uma linda história de amor.

Pode ser a mais realista, séria ou até mesmo cética, no fundo, a maioria de nós somos uma linda menininha que sonha com o vestido branco e o marido maravilhoso, carinhoso e perfeito, que casará e a tratará como uma princesa, e lhe dará lindos filhos, e viverão juntos e felizes para sempre.

Pois bem.... Deixem-me narrar uma história.

Certa vez, conheci uma moça que se chama Michelle. Nesta época, morava em São Paulo, sempre foi doce e simpática, até que um dia se revoltou. Estava beirando os 30 anos, solteira e em busca de respostas para a vida que só encontramos quando olhamos bem profundamente para dentro do próprio coração.

Cansada de desafetos, ela decidiu virar a página de sua vida atual, e se focar em ser feliz consigo mesma. Não demorou muito para comprar as passagens para suas férias em Bali, afim de encontrar suas melhores amigas que, então, moravam na Austrália.

E lá ela se foi. Ela estava tão feliz e radiante. Ela estava bem consigo mesma. Nada mais era necessário naquele momento! Ela só queria conhecer um país diferente, porque sempre teve curiosidade por tudo o que é exótico.

Eis que 3 dia depois de se hospedar em Uluwatu, ao sair para jantar e ouvir um som no pub mais charmoso e com o pôr-do-sol mais incrível da região, ela deu de cara com o sujeito que a tirou o fôlego.

- Que estranho. - ela pensou. "Não estou afim de conhecer ninguém. Só quero curtir minhas tão merecidas férias com minhas queridas amigas que não vejo há tempos. Sossega, heim, coração! Mas... O que há com esse sujeito? Por que ele me olha assim?".

O nome dele é Henrique. Ele morava em Sydney há pouco mais de 6 anos. Estava cheio de dúvidas em relação ao seu futuro, pois brevemente teria de escolher entre investir em seu futuro para continuar na Austrália, ou abrir mão de um sonho de infância e recomeçar a vida no Brasil.

Sem que soubesse que ela, meses atrás, havia planejado todo o roteiro que fizeram em Bali, ele comprou as passagens para a Indonésia a fim de pegar ondas e descansar com um casal de amigos de infância.

Por fim, Michelle e Henrique se encontraram. Ela, cheia de incertezas. Mas ele, cheio de curiosidades, disse: - Senti um choque... - quando a beijou pela primeira vez.

Já ouviu falar em amor à primeira vista? Confesso que nunca tinha de fato acreditado nisso, até conhecer a linda história desse casal.

Os dias se seguiram, e cada vez mais a sensação de ter finalmente encerrado uma longa busca tomava conta do coração timidamente feliz de Michelle. Até que chegou o momento em que Henrique teria que partir.

- Foram apenas cinco dias. Como pode ter parecido uma eternidade? Disse Michelle, com a voz trêmula. - Por que tem que ser assim?

- Por que tem que ser uma história com começo, meio e fim? - olhando-a nos olhos, ele retrucou. - Por que não pode ser uma história que acontece, nos vira de cabeça para baixo, muda toda nossa vida, e tem um final feliz?

...

Desde então e até hoje, não se passou um dia sem que se falassem. Na semana que se seguiu, ele chegava todas os fins de tardes afobado do trabalho e pegava o telefone para ligar para ela, que ansiosamente esperava no lobby do bangalô de Nusa Lembongan, procurando o melhor sinal do wi-fi para falar com ele no viber.

Assim que voltou para São Paulo e pensando apenas nos prós, ela chamou sua chefe para uma reunião e abriu seu coração: "Quero ser transferida para o escritório da Austrália". Chocada, porém admirada, sua chefe a ajudou a fazer contato com os diretores do escritório de Sydney.

Essa parte da história, pouquíssimas pessoas sabem mas, embora interessados no perfil dela, a filial de Sydney não tinha a vaga ideal para ela. Sugeriram à ela que viajasse por conta própria e, sem garantia alguma, participasse de um processo seletivo como qualquer outro candidato.

Com o coração aberto e disposta a fazer qualquer sacrifício para dar uma chance ao amor, ela negociou sua demissão no Brasil, e comprou as passagens para Sydney para as próximas semanas.

As poucas pessoas que souberam desse fato, ainda que desacreditadas com tamanha coragem e temerosas pela felicidade de sua amiga, neta, filha e irmã, apoiaram sua decisão pura, sincera e feliz.

Ela então entregou o apartamento, vendeu o carro e os móveis, doou grande parte de suas roupas e com 2 malas, se despediu da família em momentos que jamais sairá de seu coração: levou a avó para passar as festas de fim de ano com os netos e bisneto que vivem em outra cidade.

Em seguida, entre lágrimas e sorrisos, embarcou feliz para Sydney em Janeiro de 2013. Assim que aterrizou, ela deu início a uma nova página de sua história.

(Continua...)